III WORKSHOP HIDROBR – Pilhas na Mineração: do projeto à operação

Confira como foi o evento promovido pela HIDROBR, em parceria com a Reta Engenharia, William Freire Advogados Associados e Retc Infraestrutura.

A HIDROBR realizou, pela terceira vez, o Workshop HIDROBR, dessa vez com o tema “Pilhas na Mineração: do projeto à operação”. O encontro contou com mais de 250 profissionais do setor, com 4 eixos. Confira os temas:

Aspectos Legais e Regulatórios das Pilhas na Mineração

  • Moderador: Bruno Costa – sócio da William Freire Advogados
  • Isabella Pereira – Advogada Master – Vale
  • Mariana Mourão – Advogada Especialista – AngloGold Ashanti Brasil
  • Giovanna Carvalho – Advogada – William freire Advogados Associados
  • Marina Diniz – Gerente Jurídica – Anglo American

Aspectos e Avaliações Ambientais

  • Moderador: Frederico Viana – Gerente de Sustentabilidade e Saneamento da HIDROBR
  • Nayana Marques – Gerente de Licenciamento Ambiental – Mosaic
  • Matheus Amzalak – Coordenador de Geotecnia – J Mendes
  • Morgana Menezes – Engenheira Especialista – Vale Base Metals

Projeto, Construção e Operação

  • Moderador: Lucas Machado – Gerente de Geotecnia – HIDROBR
  • Moderador: Christiano Teixeira – Consultor de Geotecnia HIDROBR
  • Augusto Romanini – Gerente de Geotecnia – Mineração Usiminas
  • Lucas Mundim – Gerente de Projetos – Reta Engenharia
  • Tereza Campos – Engenheira Master – Vale
  • Daniel Rocha – Gerente de Conformidade e Segurança de Barragens – Kinross

Gestão de Riscos e Estudos de Ruptura

  • Moderadora: Stella Andrade – Gerente de Recursos Hídricos – HIDROBR
  • Palestra Case Satinoco: Renato Santos – Gerente de Geotecnia – Jaguar
  • Palestra Gestão de Risco: Vicente Alimento Jr – Gerente Global de Emergência, Crise e Continuidade dos Negócios – Vale
  • Henrile Meirelles – Gerente Geral de Serviços Técnicos – CSN
  • Murilo Gonçalves – Engenheiro Master de Recursos Hídricos – Vale

 

Vítor Lages, CEO da HIDROBR

No primeiro eixo, Bruno Costa, sócio do escritório William Freire Advogados Associados, moderou a mesa de discussão jurídica sobre a regulamentação de pilhas, onde foram abordados desafios na regulamentação e os impactos da NR 22. Os participantes destacaram que a falta de regras claras gera insegurança jurídica e dificuldades para as empresas do setor. Além disso, discutiram como a NR 22 trouxe novas exigências para o monitoramento e segurança das pilhas de rejeito e estéril, tornando essencial a adaptação das empresas às novas regulamentações.

Foi mencionada a importância de garantir segurança jurídica na regulamentação, comparando a futura norma sobre pilhas à Resolução 95 da Agência Nacional de Mineração, que trouxe avanços significativos na regulamentação de barragens. Por fim, foi discutida a indefinição do perímetro de segurança das pilhas na NR 22, o que pode impactar negativamente as operações já estabelecidas.

Eixo 1 – Giovanna Carvalho, Mariana Mourão, Bruno Costa, Isabella Pereira e Marina Diniz

O segundo eixo, moderado por Frederico Viana, Gerente de Sustentabilidade e Saneamento da HIDROBR, intitulado Aspectos e Avaliações Ambientais, abordou a falta de regulamentação específica e os desafios técnicos e ambientais que envolvem esse tema. Foi discutida a importância da avaliação de impactos ambientais no licenciamento, levantando debates sobre a eficácia da disposição empilhada em comparação às barragens. Além disso, enfatizou-se que a gestão ambiental vai além do licenciamento, envolvendo análise de risco quantitativa e engenharia para garantir a segurança das estruturas. Pequenas mineradoras enfrentam desafios para adaptação a esse modelo, especialmente devido à falta de espaço e necessidade de ajustes nos processos produtivos.

Outros temas discutidos incluíram iniciativas de economia circular, como o reaproveitamento de rejeitos para reduzir a formação de novas pilhas, e a influência das mudanças climáticas nos critérios técnicos de licenciamento ambiental. Também foi discutida a possível repercussão da nova lei de licenciamento ambiental na mineração, com impactos mais evidentes para áreas de garimpo, mas sem expectativa de grandes alterações para empreendimentos maiores.

Eixo 2 – Frederico Viana, Morgana Menezes, Matheus Amzalak e Nayana Marques

O eixo Projeto, Construção e Operação, moderado pelo Gerente de Geotecnia da HIDROBR, Lucas Machado, discutiu o papel das pilhas de rejeito e estéril como estruturas fundamentais na mineração moderna. No momento de discussão da mesa, destacou-se a necessidade de tratá-las como projetos de engenharia completos, com planejamento detalhado, controle de mudanças e integração entre projeto, construção e operação. Foram abordadas normas técnicas (como NBR13028/13029), desafios operacionais como sazonalidade e variações no material, e a importância de um plano de gestão contínuo até o fechamento da estrutura. A abordagem propõe uma mudança cultural, tratando a pilha como um ativo estratégico e não apenas como um local de disposição.

Augusto Romanini (Mineração Usiminas), palestrante da mesa, apresentou o projeto de empilhamentos da empresa, destacando a transição para tecnologias que eliminam o uso de barragens. A MUSA adota uma abordagem integrada que considera aspectos técnicos, ambientais, sociais e econômicos, com foco em inovação, segurança e sustentabilidade.

Eixo 3 – Lucas Machado, Christiano Teixeira, Diego Pontes, Lucas Mundim, Augusto Romanini, Tereza Campos e Daniel Rocha

O último eixo (Gestão de Riscos e Estudo de Ruptura), foi conduzido por Stella Andrade, Gerente de Recursos Hídricos da HIDROBR. A discussão abordou a importância de fatores geotécnicos e hidráulicos, o uso de análises técnicas para prever falhas e a necessidade de monitoramento contínuo. Também foram levantadas boas práticas como auditorias independentes e planos de contingência bem estruturados para garantir a segurança das estruturas.

Renato Santos (Jaguar Mining) apresentou um pouco a respeito da experiência adquirida sobre estudos de ruptura em pilhas, gestão de crises e implantação de posto de comando com foco na resposta emergencial. Encerrando, Vicente Alimento Jr (Vale) compartilhou a abordagem da Vale para a gestão integrada de riscos e emergências, enfatizando a importância de planos atualizados, comunicação eficaz com as partes interessadas e um ciclo contínuo de melhorias com base em auditorias e simulações. Ao final, os participantes da mesa trouxeram temas importantes e reflexões sobre o futuro das pilhas na mineração.

Eixo 4 – Stella Andrade, Vicente Alimento Jr, Renato Santos, Henrile Meireles e Murilo Gonçalves